segunda-feira, 23 de maio de 2011

Quando o Pior Acontece


 Deixo-lhes a paz; a Minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo. João 14:27

A música tem a capacidade de traduzir melhor que qualquer outra arte a imensa variedade de nossas emoções. Desde a alegria e vibração, até os sentimentos vividos nos momentos em que estamos “lá embaixo”. Há ocasiões em que a melodia de um hino ou cântico, como se fosse trazida pelas asas do vento, chegam até nós e nos atingem, justamente num momento de dor e fragilidade. Melodia e letra se unem e vêm ao nosso encontro como se fossem a versão perfeita da situação pela qual estamos passando.

Pode ter sido depois de sua segunda tentativa no vestibular. Quando os exames dão positivo para uma doença que você temia. Quando o divórcio, que você nunca quis, agora é definitivo.

Horacio Spafford era advogado de renome na cidade de Chicago. Era membro da Igreja Presbiteriana e também grande amigo e colaborador do evangelista Moody. Uma série de desastres devastou a cidade, culminando com o grande incêndio de Chicago, em 1871. Os investimentos que a família Spafford havia feito em propriedades foram varridos pela crise. Em novembro de 1873, quando Moody se dirigiu à Inglaterra para uma campanha de evangelismo, Spafford quis dar um presente à sua família, levando-a de férias para a Europa.

Porém, devido a negócios urgentes, teve que ficar, enviando primeiro a esposa e suas quatro filhas no navio Ville de Harve, com planos de logo se encontrarem. No meio do Atlântico, o navio foi atingido por outro navio inglês, e afundou em doze minutos. As quatro filhas de Spafford, Tanetta, Meggie, Annie e Bessie, estavam entre as 226 pessoas que naufragaram. A Sra. Spafford ficou entre os poucos que se salvaram.

Spafford viajou para se encontrar com a esposa em Cardiff, no País de Gales. Na viagem, ele pediu ao capitão do navio em que estava viajando que diminuísse um pouco a velocidade quando estivesse próximo ao lugar em que o navio Ville de Havre afundara.

Ali, no convés do navio, observando as ondas do mar e lembrando-se das filhas que haviam se afogado, recebeu conforto e inspiração de Deus, e pôde escrever: “Se paz, a mais doce, me deres gozar, / Se dor a mais forte sofrer; / Oh, seja o que for, Tu me fazes saber / Que feliz com Jesus hei de estar” (Hinário Adventista, nº 230).

É somente a graça de Deus que, em circunstâncias assim, pode nos levar a dizer: “Sou feliz com Jesus.”

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