sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Responda as questões


Primeira questão:

Suponhamos que és amigo de uma mulher que está grávida, mas que já tem 8 filhos, dos quais 3 são surdos, 2 cegos e um atrasado mental.
Além disso, a mulher tem sífilis.
Você recomendaria que ela fizesse um aborto?
Responda mentalmente, depois leia a segunda questão.

Segunda questão:

Está na hora de eleger o Presidente, e o teu voto é determinante.
Os dados dos três principais candidatos são: 
 
O candidato A está associado a políticos corruptos e consulta astrólogos. Tem duas amantes. Fuma como uma chaminé e bebe oito a dez martinis por dia.
O candidato B já foi exonerado duas vezes, dorme até ao meio-dia, fumava ópio na escola e bebe um quarto de litro de whisky todas as noites.
O candidato C é um herói de guerra condecorado. É vegetariano, ocasionalmente toma uma cerveja e nunca teve casos extra conjugais.
Entre estes três candidatos, qual escolheria? (responda honestamente)
Provavelmente o...... candidato C?

Agora leia isso:
O candidato A - era Franklin D. Roosevelt;
O candidato B - foi nem mais nem menos Winston Churchill;
O candidato C - era Adolf Hitler.

E a propósito:
A respeito da questão do aborto: Se respondeste "sim", saiba que acabas de matar Beethoven.
 
 

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Deus Tem o seu Copyright


Eu Te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável. Salmo 139:14

Depois de ter falado que Deus conhece todas as coisas e especialmente cada um de nós, depois de ter mencionado a presença constante de Deus ao nosso lado, Davi dirigiu seus pensamentos para o Deus que tudo pode.

O que ele escolheu como o melhor referencial para falar do poder de Deus? Ele não mencionou o Universo nem os quasares ou galáxias. Mesmo que tivesse visto as cem melhores fotografias do telescópio Hubble, ainda assim concentraria sua admiração na maneira pela qual Deus criou o Universo. Ele simplesmente exclamaria: “Me fizeste de modo especial e admirável” (Sl 139:14)!

Davi se apreciava pelo modo de Deus o haver criado. “Senhor, Tu juntaste tudo, quando eu estava no ventre de minha mãe. Tu já sabias qual ia ser a cor dos meus olhos, como ia ser meu cabelo e qual seria meu tom de voz. Obrigado porque Tu me deste as minhas mãos. Posso jogar, tocar um instrumento, posso escrever, pintar, digitar!”

Querido amigo, na linha de montagem de Deus não há imitações. Não há cópia carbono nem clonagem. É só ver os filhos na mesma família: cada um tem um “chip” diferente do outro. Isso às vezes ajuda ou dá mais trabalho aos pais. Deus tem o seu copyright e não há como repeti-lo.

É verdade! De Adão até o momento em que você nasceu não existiu ninguém que tivesse a mesma combinação de olhar, personalidade, talentos e preferências que você. Ninguém com sua digital, seu senso de humor, e o estilo corporal que você tem. Ninguém vai usar seu jeito para conquistar alguém e ninguém vai ter seu sorriso. Ninguém ama do jeito que você ama. E, de maneira singular, depois de você, não haverá outro igual a você. Todo esse conjunto de qualidades e traços não existiu em ninguém antes de você e não será oferecido depois.

Davi sabia que Deus sustenta nosso mundo no espaço e mantém o Universo funcionando. Você também pode acreditar que Deus tem todo o poder e não há nada que Ele não possa fazer. Mas isso é impessoal e distante. O que nos interessa saber é o que o poder de Deus significa para nós hoje e no futuro.

Por isso, Davi podia dizer: “Tu sabes exatamente como eu fui feito, do nada para alguma coisa. Como um livro aberto da concepção até o nascimento. Todos os estágios da minha vida estavam abertos diante de Ti” (Sl 139:14-16, The Message).

Não há outro igual a você!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Convicção da Presença de Deus

Para onde poderia fugir da Tua presença? Salmo 139:7

A presença de Deus não era uma ameaça para Davi, mas segurança e conforto. Na primeira parte do Salmo 139, Davi descreve quão bem Deus o conhece. Na segunda parte, revela quão perto Ele está. Ele imagina lugares para os quais fugir, mas depois descarta todos. Começa com os extremos verticais: se subir ao céu, se descer ao inferno ou às maiores profundezas, ali está Deus. Depois usa as extremidades horizontais: leste, oeste; “se eu tomar as asas da alvorada indo até as extremidades do mar, não adianta, até ali a Tua mão me guiará e me susterá”.

O profeta Isaías reforça esse pensamento, dizendo: “O braço do Senhor não está tão encolhido que não possa salvar” (Is 59:1). Finalmente, ele menciona que nem mesmo as trevas são suficientes para nos esconder de Deus, quando fugimos de Sua presença.

Sansão, Jonas e o filho pródigo pensaram que, mudando de casa ou de cidade, escondendo-se de Deus, as circunstâncias iriam melhorar.

Como mencionei no dia 3, hoje existem sistemas para monitorar as pessoas constantemente: câmeras de vigilância ocultas, celulares, escutas clandestinas, chips de localização e outros equipamentos com potencial tecnológico para verificar como vivemos e o que fazemos. Há pessoas que não conseguem ser elas mesmas porque sabem que estão sendo vigiadas. A mensagem é: tome cuidado com o que você faz e com o que diz, porque você está sendo monitorado.

A presença de Deus não era uma ameaça para o salmista, mas conforto e segurança. Não há lugar nenhum em que o amor de Deus não possa nos alcançar. “Nem altura nem profundidade, [...] será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 8:39).

Deus não precisa de GPS, nem de rastreamento para descobrir onde você está. Não há um só momento no qual você esteja fora da “tela de monitoramento” de Deus. Hoje, tenha certeza: onde você estiver Deus estará ao seu lado.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Nosso Deus que Tudo Conhece


Tal conhecimento é maravilhoso demais e está além do meu alcance; é tão elevado que não o posso atingir. Salmo 139:6


O Salmo 139 é chamado “a coroa dos Salmos” e é um dos mais belos da Bíblia. Nele, três atributos de Deus são salientados: onisciência, onipresença e onipotência. É um poema com expressões sintonizadas àquilo que sentimos e experimentamos.


Davi ficou maravilhado pelo modo tão pleno pelo qual Deus o conhecia. Nenhum movimento, nenhum detalhe, nada escapa ao Seu conhecimento.


Não podemos imaginar como é o conhecimento de Deus. Cada aspecto da nossa vida está aberto diante dEle. Dessa forma, pensamentos, ações, palavras, motivos, Ele os conhece todos. Mesmo tendo em mente que Deus sabia tudo sobre ele, Davi não se sentia ameaçado nem amedrontado por esse fato. Nenhum evento toma Deus de surpresa. Ele também conhece todos os mistérios nas várias esferas do conhecimento humano.


Deus não faz nenhuma descoberta e jamais é surpreendido. Não fica espantado, admirado nem maravilhado com nada. Seu conhecimento é pleno, absoluto, completo. Não há segredos para o Senhor, e Ele não precisa buscar informações a nosso respeito.


Deus sabe o que pensamos antes de termos pensado. Os namorados gostariam muito de ter essa capacidade, de ler o pensamento um do outro. O que será que a Gabriela está pensando? O que será que o Marcelo está pensando?


Nenhum de nossos caminhos está escondido de Deus. “Senhor, Tu me sondas e me conheces” (Sl 139:1). Ele conhece o meu interior. Sabe quando estou lá em cima e lá embaixo. Sabe quando tudo é sol, céu azul, realização, amor. E sabe, também, quando o céu está escuro, quando estou sozinho e com medo do que possa vir.


Deus está familiarizado com nosso dia a dia. Conhece nosso itinerário. Ele traça nossa viagem e as paradas nos locais de descanso. Sabe nosso passado, presente e futuro.


Conhecendo em detalhe como nos conhece, mesmo assim Ele tem um carinho especial por nós e continua nos amando. Ninguém vai nos conhecer melhor do que Deus, e ninguém vai nos amar e aceitar melhor do que Ele.


O que Davi quis salientar nesse salmo não foi o fato de que Deus conhece todos os segredos e mistérios do Universo. O que Davi salientou foi o fato de que Deus nos conhece perfeitamente.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Deus Sabe Tudo Sobre Mim


Senhor, Tu me sondas e me conheces. Salmo 139:1

Emily Bowman escreveu a seguinte oração baseada nos sete primeiros versos do Salmo 139: “Querido Deus, “Tua Palavra ecoa em meus pensamentos assim como os meus pensamentos refletem Tua Palavra...

“Senhor, Tu me sondas e me conheces. Tu sabes tudo sobre mim. Na verdade, sabes como sou por dentro. Posso me esconder dos colegas de escola ou imaginar que minha mãe nunca vai descobrir o que fiz, mas nada posso esconder de Ti. Sabes quando me assento e quando me levanto; de longe penetras os meus pensamentos.

“Tu sabes quando deixo de lado minhas tarefas da escola para assistir TV, e sabes também quando eu me levanto para estudar. Sabes o que vou fazer mesmo antes que eu faça. Conheces minhas boas intenções, e sabes quando falho. Sabes quando me sinto decepcionada comigo mesma, e sabes também que existe algo de bom em mim. Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar, e conheces todos os meus caminhos. Tu sabes como vai ser meu dia e como vou reagir diante das situações. Conheces meus hábitos e valores. Sabias que eu ia entrar em pânico com aquela prova surpresa, mas também sabias que eu ia tirar a nota máxima!

“Ainda a palavra não me chegou à língua, e Tu, Senhor, a conheces completamente. Tu sabes o que vou dizer antes que os pensamentos se formem em minha mente e antes mesmo que as palavras sejam pronunciadas. Tu me cercas por trás e pela frente, e sobre mim pões a Tua mão.

“Observaste-me ao respirar pela primeira vez e acompanhaste meu crescimento. Tu sabes o que me aguarda no futuro. Sabes que decisões devo tomar e a quais devo resistir. Sei que guiarás todos os meus passos, em tudo o que eu fizer – nas provas, ao aprender a dirigir, nos problemas com amigos, no momento de deixar meu lar, em tudo, enfim. Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim: é sobremodo elevado, não o posso atingir. Sei que me conheces mais do que meu melhor amigo ou até mesmo mais do que minha família. Sei que segues ao meu lado, abaixo, acima e atrás de mim. Estás à minha direita e à minha esquerda. Sei que, se tão somente eu permitir que Tua Palavra ecoe em minha vida e ouça Tua voz em oração, guiarás cada passo do meu futuro.

“Para onde me ausentarei do Teu Espírito? Para onde fugirei da Tua face? Por que, então, eu iria querer viver a vida sem Ti? Amém!”

Que tal tomar as palavras de Davi e escrever sua própria oração?

O Amor Tudo Espera

O amor não conhece limites para sua paciência, fim para sua confiança, nem enfraquecimento de sua esperança; ele é capaz de superar tudo. 1 Coríntios 13:7, Phillips

Quando Elizabeth Barret se tornou esposa de Robert Browning, seus pais desaprovaram o casamento e a deserdaram. Elizabeth escrevia para eles quase toda semana, dizendo como os amava e que aguardava a reconciliação. Esperou meses e anos pela resposta.

Depois de dez anos, ela recebeu pelo correio uma caixa grande, que continha todas as cartas que ela havia escrito. Nenhuma tinha sido aberta. Apesar de essas “cartas de amor” terem depois se tornado parte da literatura inglesa, é realmente triste pensar que elas nunca foram lidas pelos pais de Elizabeth. O relacionamento rompido com a filha poderia ter sido refeito se eles tivessem pelo menos olhado algumas delas. A espera não teve resultado positivo, mas nem por isso o amor desistiu.

No capítulo dedicado ao amor, no verso mais curto, o apóstolo Paulo diz que o amor “tudo espera” (1Co 13:7). Há esperança de que o inimigo se torne amigo. De que volte o esposo ou a esposa que abandonou a casa.

Mesmo os namorados, depois de terem levado um “fora”, ainda interpretam qualquer comportamento do ex como sinal de esperança de que o namoro pode ser refeito. Assim, um telefonema, um olhar intencional, um sorriso ao cruzarem no caminho, um encontro que não era para acontecer, mas aconteceu – tudo isso atua como sinal e desperta esperança: “Ainda tenho esperança de que ele/ela volte para mim.”

E se a espera não der resultado, numa expressão de consolo, dizem: “Ah, pode deixar, meu/minha próximo(a) namorado(a) terá o magnetismo e o carinho que esse/essa não teve.”

A esposa espera que o marido alcoólatra largue a bebida e se torne o pai que os filhos precisam. Mas é o amor que a faz esperar.

Quando o filho ou a filha se rebelam e rejeitam os valores e a tradição da família e abandonam o lar, não há outra saída senão esperar.

O filho pródigo ainda é filho. Não interessa por quanto tempo tenha saído de casa, se foram dias, semanas, meses, quem sabe até anos, o pai continua esperando porque ama.

Deus é o campeão no quesito espera. O coração dEle é marcado pelo desejo de ver todos incluídos no Seu círculo de amor.

O Amor Leal de Deus


O Senhor lhe apareceu no passado, dizendo: “Eu a amei com amor eterno; com amor leal a atraí.” Jeremias 31:3

O amor continua sendo tão indefinido e misterioso como a célula humana, mas igualmente vital para nossa existência. Defini-lo parece impossível, mas uma das melhores definições é a que encontrei numa revista hispana: “Amor é um compromisso incondicional com uma pessoa imperfeita.”

George Matheson escreveu um hino sobre o amor de Deus, que por ocasião de sua composição teve circunstâncias adversas. Logo depois do noivado de George, a noiva ficou sabendo que ele estava se tornando cego. Não havia nada que os médicos pudessem fazer para reverter a situação. Ela então terminou o noivado dizendo que não podia passar o resto da vida com um homem cego.

Matheson se tornou completamente cego enquanto estava estudando no seminário. Era aluno brilhante e a irmã tomou conta dele durante esse período de estudos. Logo depois, ela se casou. Estudiosos da vida de Matheson dizem que o fim do noivado e o casamento da irmã fizeram com que não houvesse mais ninguém para cuidar dele, e dessa experiência acabou “nascendo” um hino.

Ele mesmo descreve como compôs o hino: “Meu hino foi composto na noite do dia 6 de julho de 1882, quando eu tinha quarenta anos de idade. Estava sozinho em casa. Era a noite do casamento da minha irmã e toda a família permaneceu em Glascow.

“Alguma coisa aconteceu comigo que somente eu entendi, e me causou grande angústia mental. O hino foi fruto daquele sofrimento. Foi o trabalho mais rápido que já fiz em minha vida. Parece que ele estava sendo ditado para mim por alguma voz interna em lugar de ser mesmo uma criação minha. O trabalho não levou mais do que cinco minutos e nunca foi retocado depois. [...] Veio como o brilho da aurora sobre mim.” São aquelas composições e poesias nascidas no cadinho da dor.

Olhando para sua vida, ele menciona que ela havia sido cheia de obstáculos, mas que a esperança nunca iria se apagar.

Como Matheson pôde superar toda essa situação? No próprio hino ele diz que “Deus traçou o arco-íris na chuva”. É a figura de um concerto e de uma promessa. “Amor, que por amor desceste! Amor, que por amor morreste! / Ah, quanta dor não padeceste! Minh’alma vieste resgatar / E meu amor ganhar! (Hinário Adventista, nº 120).

Podemos hoje experimentar a segurança desse amor leal de Deus.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Encontrando o seu Par


Esta é a minha oração: Que o amor de vocês aumente cada vez mais em conhecimento e em toda a percepção. Filipenses 1:9

Até no dicionário a palavra “namorar” é rica em significado e entremeada de romance: “desejar ardentemente; inspirar amor; fitar (alguma coisa) de maneira insistente; atrair; procurar conquistar; cativar”, etc. (Novo Dicionário Aurélio, 1980, Editora Nova Fronteira).

Namorar como um meio de descobrir e encontrar o parceiro é coisa nova na história da humanidade. Antes os casamentos eram arranjados. O namoro era feito na casa da moça. Depois, passou para encontros públicos, convite para sair juntos e para jantar. Hoje o processo é mais complexo e vai mudando com o tempo.

Deus é criativo demais para ter uma fórmula única para o encontro de duas pessoas. Essa atração é apenas uma “cola temporária” para avaliar a pessoa com quem estamos. Deve ser o tipo de pessoa para quem se possa olhar e dizer: “Obrigado, Senhor, pelo(a) namorado(a) que me deste”, e não se queixar dizendo: “Olha só, Senhor, o que caiu na rede.”

Existem amigos, rapazes e moças, que sonharam ser namorados, maso sinal nunca passou do amarelo para o verde para que o namoro começasse. Ficaram detidos no caminho por causa de pequenas diferenças que podiam ser superadas. É o grupo dos “mais que amigos e menos que namorados”. “Ah! Teria funcionado se não tivéssemos sido amigos antes, se fôssemos mais jovens, se morássemos mais perto, se ele não fosse tão liberal ou tão conservador, ou fosse mais cuidadoso na observância do sábado.”

Ao recomendar uma esposa para o filho Isaque, Abraão disse para seu servo: “Não me traga uma moça que acredita em coisas diferentes das que acreditamos.” Quer dizer, há lugares certos nos quais procurar uma pessoa para formar um par para o resto da vida. Essa é uma história simples, mas mostra como a orientação divina operou na vida de dois jovens quando o importante assunto do casamento estava em pauta.

O ideal de Deus é que você possa andar com o seu/sua namorado(a) na mesma direção espiritual; do contrário, você estará se arriscando. Se quando namora alguém da mesma fé você certamente enfrenta problemas, imagine se você se relacionar com alguém que não conhece os princípios cristãos.

“Se a direção divina em algum tempo deveria ser procurada em oração, é antes de dar um passo que liga pessoas entre si para toda a vida” (Ellen G. White, Mensagens aos Jovens, p. 465).

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Á Procura de Seu Par

Você fez disparar o meu coração com um simples olhar. Cantares 4:9

A singularidade e a beleza dessas palavras só podem ser comparadas aos impulsos poéticos dos bons escritores do tempo do romantismo. Mas elas estão num livro que tem nome superlativo: “O Cântico dos Cânticos” (Ct 1:1).

Uma olhadinha, uma piscadinha de leve, um olhar insinuante. Tudo está dentro da tática da conquista. Mas será que isso é suficiente para começar um namoro?

A fim de ajudar os mais tímidos e indecisos na procura de um par, existem hoje, só nos Estados Unidos, mais de três mil agências de casamento. E a cada mês, ao redor do mundo, três bilhões de pessoas visitam sites em busca de um par. Além dessas agências de casamento, existem ainda 120 milhões de sites com a palavra “amor”.

Será que Deus tem uma agência de casamentos no Céu? Será que Ele vai apertar em Seu computador um mínimo de dez dígitos do lado masculino e dez do lado feminino e os dois vão sair de onde estiverem para se encontrar?

Será que os jovens e solteiros cristãos de hoje pedem a Deus que os dirija na escolha do parceiro? Ou primeiro consultam os amigos, suas preferências pessoais, e depois perguntam: “Então, Senhor, acha que vai dar certo? Se for, por favor, me envie um e-mail dizendo: ‘É ela! Pode começar!’” Será que estamos dispostos a submeter de verdade a Deus nossa vida sentimental?

Se Deus não for convidado para um processo tão importante como é o namoro, o resultado pode ser desastroso. Muitos não querem começar o namoro por causa do risco e da dor em potencial que isso envolve, mas como faz parte da vida crescer, errar, acertar, temos que arriscar.

A quem consultamos para a escolha do par? C. S. Lewis escreveu uma vez para um amigo: “Eu não duvido de que o Espírito Santo guia suas decisões internas quando você as toma com intenção de agradar a Deus. O erro seria pensar que Ele fala só do nosso interior, quando em realidade Ele fala também através das Escrituras, da igreja, dos amigos cristãos, livros, etc.”

Sua fonte de consultas é imensa para que você possa errar menos.

O maestro Lineu Soares tem uma linda composição cantada em inúmeras cerimônias de casamento: “O amor é bondoso, constante e fiel, / Ele é o começo da vida no Céu. / O amor é uma estrada de brilho e de luz. / O amor é eterno, o amor é Jesus.”

Que esse amor dirija seus passos na escolha de um companheiro.

Enfrentar a tentação é difícil?

Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; Ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. 1 Coríntios 10:13

Por sua própria natureza, a tentação é enganosa. Começa de maneira sutil e inocente. Não grita. Fala mansinho; sussurra. Não há lugar, nem esconderijo, por mais secreto que seja, em que ela não entre. Nenhum ser humano está imune à sua sedução, nenhum escapará ao seu engodo.

A definição mais simples de tentação é “insinuação interior pecaminosa, com a intenção de nos levar para o lado errado”. Também é “satisfazer desejos legítimos de maneira incorreta”.

É impressionante como algumas vezes nós mesmos desejamos ser tentados e dizemos: “Ah! Só mais uma vez... Esta será a última!” Ou vamos a lugares em que sabemos que seremos tentados, e depois perguntamos: “Por que caí?”

Não existe uma fórmula única para resistir ao atrativo da tentação, mas podemos dar alguns passos que podem nos ajudar. Um deles é decidir antecipadamente resistir a ela.

Daniel é o melhor exemplo nesse aspecto. Sabendo que comeria da mesa do rei e que nela haveria alimentos dos quais ele não participaria, “decidiu não se tornar impuro” (Dn 1:8). Ele disse: “Eu sei que servirão carnes que não posso comer, e vinhos que não posso beber. Vou estar com meus amigos hebreus e caldeus, mas não vou participar desses pratos.” Dessa forma, não hesitou em manter seus princípios e valores.

Decidir com antecipação envolve estudar mais para não colar. Inclui evitar passar perto de um bar, se tiver problemas com a bebida. Se o problema for com a sensualidade, deve-se evitar navegar na internet ou assistir televisão até altas horas, recebendo imagens que poluirão a mente. Quaisquer que sejam as circunstâncias, decida antes.

A tentação gradativa foi um ardil usado contra Eva: “Você já está com o fruto na mão, dê uma mordida. Você já deu uma mordida, agora coma ele todo.” Essa tentação consiste em convencê-lo de que, se você deu o primeiro passo, é o mesmo que ter chegado ao fim da viagem. Hoje seria assim: “Você já tomou um gole, agora beba o copo todo.” “Já deu uma tragada nesse cigarro, fume ele todo.” “Já chegou até aqui com essa garota, vá até o fim.”

Na luta contra o inimigo, lembre-se destas palavras: “Submetam-se a Deus. Resistam ao diabo, e ele fugirá de vocês” (Tg 4:7).

“Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1Jo 2:1).

Ensina-nos a Orar – 2

Porque o seu Pai sabe do que vocês precisam, antes mesmo de O pedirem. Mateus 6:8

Com tantos exemplos de oração no Antigo Testamento, por que os discípulos pediram: “Ensina-nos a orar” (Lc 11:1)?

Na segunda tríade de petições do “Pai Nosso”, Jesus parece ter incluído as preocupações da vida humana. Todas as três estão na primeira pessoa do plural: “dá-nos” (Mt 6:11), “perdoa as nossas dívidas” (v. 12) e “não nos deixes” (v. 13).

“Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia” (v. 11). É bom saber que Jesus não passou por alto nossas necessidades materiais. Ele mesmo proveu o vinho para uma festa, pão e peixe para a multidão.

Quando Ele ensina a orar dizendo “nosso pão de cada dia”, está incluindo o que é básico para nossa vida. Ele está falando de saúde, roupa para vestir, teto para abrigar, trabalho, estudo, etc. Portanto, devemos demonstrar nosso agradecimento a Deus por isso.

“Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores” (v. 12). Jesus também ensinou que devemos orar pelas necessidades espirituais e emocionais.

Já que o problema do ser humano é o pecado, uma das petições centrais do Pai Nosso é sobre o perdão. Levamos a Deus nossos pecados e nossas falhas e, ao receber o perdão, somos objeto da graça de Deus. Por isso, devemos também estender o perdão a outros. “Aquele que não perdoa, obstrui o próprio conduto pelo qual, unicamente, pode receber misericórdia de Deus” (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 113).

“E não nos deixes cair em tentação” (v. 13). Ou, como diz outra tradução: “Concede que não fracassemos no dia da prova.” Aqui admitimos nossa fragilidade e nosso medo de vir a pecar. Levamos a Deus nossa vulnerabilidade, porque sabemos que lutamos contra um inimigo que conhece nossos pontos fracos. “Deus é fiel; Ele não permitirá que vocês sejam tentados alem do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, Ele mesmo lhes providenciará um escape, para que o possam suportar” (1Co 10:13).

Deus sabe o quanto podemos suportar, e devemos pedir-Lhe força para resistir. “À medida que o Espírito Santo glorifica a Cristo, nosso coração é abrandado e subjugado, as tentações perdem sua força, e a graça de Cristo transforma o caráter” (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 118).

A oração do Senhor faz jus ao seu nome, pois nela temos nossas necessidades supridas, nossos pecados perdoados e nossas tentações vencidas.

Ensina-nos a Orar – 1

E quando orarem, não fiquem sempre repetindo a mesma coisa. Mateus 6:7

A oração que Jesus ensinou aos discípulos é simples e específica. Não dá espaço para que nossa mente fique divagando. Creio também que a ideia dEle era nos dar um simples exemplo em contraste com as longas orações dos líderes religiosos daquela época.

A oração do Senhor segue o mesmo padrão dos Dez Mandamentos. Jesus resumiu a lei dizendo que devemos amar a Deus em primeiro lugar e depois ao nosso próximo. A primeira parte da Oração do Senhor se centraliza em Deus e depois volta a atenção para nossas necessidades. As três primeiras sentenças estão na segunda pessoa do singular, no modo imperativo:

“Santificado seja o Teu nome” (v. 9). O primeiro pedido é que Deus seja honrado como tal e que seja dada a devida reverência ao Seu nome. Quando oramos “santificado seja o Teu nome”, manifestamos o desejo de tornar a presença de Deus real na oração. Como oração, o Pai Nosso não começa com as necessidades humanas, mas com a honra devida ao nome de Deus.

Ao começar dizendo “santificado seja o Teu nome”, saio do meu horizonte e elevo os olhos para Alguém superior. Não entro na sala de audiência de Deus como se estivesse indo visitar um amigo de muito tempo, aquele na porta de quem você nem bate e já vai entrando, joga a agenda em cima da mesa, o paletó de um lado, se esparrama na poltrona e pergunta: “E aí?” Mesmo com a proximidade que me permite chamá-lo de Pai, devo reconhecer o privilégio e a solenidade de me aproximar dEle.

“Venha o Teu reino” (v. 10). Para Jesus e os discípulos, o reino de Deus não era apenas uma realidade futura, no clímax da história, mas uma experiência presente no coração do ser humano. O reino de Deus ainda não existe em Sua plenitude no presente. Por isso, cabe a nós não apenas orar, mas trabalhar pelo seu avanço na Terra e para que a salvação se faça presente no coração de todos.

É uma oração para que o plano da salvação chegue à sua realização final e venha o fim do pecado.

“Seja feita a Tua vontade” (v. 10). Como é difícil, às vezes, alinhar nossa vontade à de Deus. Nessa oração, peço que Deus me ajude a encontrar a vontade dEle para minha vida e a confiar em Seu modo de decidir e responder. Por isso, precisamos de humildade e submissão para entregar nossa vontade à dEle, permitir que Ele nos dirija e nos submetermos à Sua providência para que assim "Seja feita a Tua vontade".

Como Ficar em Segundo Lugar


Corra para vencer [...] Eu não sei sobre você, mas eu estou correndo firme para a linha de chegada. 1 Coríntios 9:24, 26, The Message

Usar o título do devocional de hoje em uma palestra para atletas e jogadores, às vésperas de uma final de torneio ou campeonato, seria no mínimo provocação. Ou para confundir ainda mais, poderíamos intitular a palestra como “Aprendendo a ter sucesso como perdedores”. O que o segundo lugar nos ensina?

Não se faça de vítima, pensando: “Todos querem me prejudicar”, “Estão me perseguindo”, “Tenho talento e ninguém me convida”. Fazer o papel principal do filme “Esqueceram de Mim” não vai ajudar.

Reconheça suas peculiaridades. Nenhum de nós é fotocópia de um irmão ou irmã. Nem mesmo se formos gêmeos. Deus criou cada pessoa com diferentes habilidades, técnicas e interesses. Conviva de forma alegre com os diferentes gostos e atrativos.

Chegar em primeiro lugar nem sempre é vencer. Se, no afã de ser o primeiro, você atropelou, pisou e insultou a outros; e se na obsessão pela nota 10 não teve tempo para seus amigos, você descobrirá tarde que o primeiro lugar trouxe solidão e isolamento. Vai levantar o troféu sem ninguém para aplaudir; ninguém com quem comemorar. Nesse caso, o sabor da vitória não traz satisfação completa, nem é tão doce assim.

Não use o fracasso como desculpa para desistir. No intervalo de uma convenção de líderes de Desbravadores e Aventureiros, fui visitar o museu de uma grande fábrica de refrigerantes. Logo à entrada, vimos uma contagem crescente, digitalizada velozmente, de quantas latinhas estavam sendo vendidas em todo o mundo. Eram bilhões! Interessante é saber que, no primeiro ano de funcionamento, a empresa vendeu apenas 400 unidades.

Se para você alguma coisa não deu certo, em lugar de procurar uma desculpa, pergunte-se em que pode melhorar da próxima vez.

Aceite-se como uma pessoa de valor. A pesquisa que não serviu, a monografia que não foi aceita, a desclassificação no jogo, não são padrões para medir seu valor pessoal e fazer com que perca a confiança em si mesmo. Você vai descobrir que “o que ensina mais é a escalada e não chegar ao topo da montanha; é a viagem e não o fim dela”.

O cristianismo é o refúgio daqueles que ficaram em segundo lugar, mas que se tornaram campeões pela graça de Deus. Há lugar, prêmio e recompensa para todos.

Será que a verdade elimina a graça ou a graça elimina a verdade?

Vimos a Sua glória, glória do Unigênito e vindo do Pai, cheio de graça e de verdade. João 1:14

Muita gente viveu na Terra, mas somente de Jesus é que se poderia dizer que era “cheio de graça e de verdade”. Quando Seus seguidores procuraram uma palavra para descrever Jesus, para explicar Seu amor e bondade, escolheram a palavra graça. Depois que eles a utilizaram, nunca mais ela continuou a mesma. Encheu-se de vida e significado.

Embora não encontremos nos Evangelhos Jesus usando a palavra graça, a graça transbordava em todas as palavras e ações dEle. Qualquer pessoa que tivesse se encontrado com Jesus poderia dizer: “Existe nEle um magnetismo encantador. Existe graça.”

As pessoas não acham difícil acreditar e ver Jesus como cheio de graça, mas se sentem incomodadas com esta dualidade em Jesus: havia nEle graça e também verdade.

Será que a verdade elimina a graça ou a graça elimina a verdade? O mundo aprecia, aceita a graça de Deus e para ela corre. Porém, recusa-se a aceitar a verdade e corre dela. Temos que oferecer as duas, porque “a verdade sem a graça, condena o pecador; e a graça sem a verdade, torna-se conivente com o pecado”.

Todos querem graça plena, completa, abundante, mas quando se chegam diante da verdade, ela tem de ser relativa. Quando erramos ou fazemos traquinagem, queremos ser julgados pela graça. O outro que seja julgado pela verdade!

Ao ensinar e curar, Jesus foi cheio de graça e verdade. Assim foi com o paralítico de Betesda: “Amigo, levante-se. Ande. Você recebeu graça, foi curado. Agora, cuide para não voltar a fazer o que fazia” (Jo 5:5-15). No episódio da mulher flagrada em adultério, os que a levaram até Jesus eram defensores da lei. Mas Jesus também era defensor da lei e disse: “Aquele que estiver sem pecado pode apedrejá-la!” (Jo 8:7). O único que podia fazê-lo era Ele mesmo. Nesse momento, no entanto, Ele concedeu graça – e também aplicou a verdade. Disse para a mulher: “Agora vá e abandone sua vida de pecado” (v. 11).

A Pedro, que estava profundamente triste pelo que havia feito, Jesus concedeu três chances. “Pedro, por que é que vai gastar o resto de sua vida pescando? Venha, mostre seu amor em um ministério bonito em favor do Meu rebanho!” (cf. Jo 21:15-17).

Podemos pedir hoje que nossa vida seja cheia de graça e de verdade isso só depende de você.

Tudo se Acalmou


“Coragem! Sou Eu! Não tenham medo!” Então subiu no barco para junto deles, e o vento se acalmou. Marcos 6:50, 51

Na rota do dia, o inesperado: uma tempestade! Ansiedade, irritação, medo. A tempestade parecia estar além das forças dos discípulos e era daquelas que eles nunca tinham enfrentado antes. Jesus pôde ver os amigos lutando com os remos como nunca havia visto antes. Frustração, nervosismo. Que situação! Nesse momento de turbulência, Jesus Se aproxima deles.

Gostaríamos que nosso dia a dia não tivesse improvisos nem surpresas desagradáveis; que transcorresse dentro dos trilhos seguros da previsibilidade, sem exigir nenhum esforço extra. Nada que transtornasse nossa agenda.

É por isso que agendamos os itens um a um, todos os dias. Anotamos o que pretendemos fazer. Queremos nos convencer de que somos organizados, e de que tudo vai seguir seu ritmo normal, dentro da previsibilidade.

Mas, há dias... Isso mesmo. Aqueles... Parece que tudo conspirou para acontecer no mesmo dia. Atrasos. Pequenas irritações. As crianças não se arrumam a tempo para ir à escola. O carro quebra no meio do caminho, longe de qualquer tipo de socorro. A bateria do celular está descarregada e as ligações não se completam. O trânsito está difícil. Diante de tantos imprevistos, em pouco tempo você começa a priorizar e a refazer a agenda de tudo o que está pela frente.

O que fazer nesse momento de desorientação e impaciência? Espernear, xingar, gritar? O melhor mesmo é orar. Isso mesmo! Pedir que Deus nos oriente, nos dê calma, tranquilidade, nos ajude a administrar o inesperado e realizar o que precisa ser feito.

“A oração é a resposta para cada problema da vida. Ela nos põe em sintonia com a sabedoria divina, a qual sabe como ajustar cada coisa perfeitamente. Às vezes deixamos de orar em certas circunstâncias porque, a nosso ver, a situação é sem esperança. Mas nada é impossível com Deus. Nenhum problema é tão complexo que não possa ser solucionado, nenhuma relação humana tão tensa que Deus não possa trazê-la à reconciliação e a compreensão. Seja o que for que precisemos, se crermos em Deus, Ele há de suprir. Se alguma coisa nos causa preocupação ou ansiedade, paremos de propagá-la e confiemos em Deus por restauração e poder” (Ellen G. White, Review and Herald, 7 de outubro de 1865).

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Certeza da Salvação – 2


Porque sei em quem tenho crido e estou bem certo de que Ele é poderoso para guardar o que Lhe confiei até aquele dia. 2 Timóteo 1:12

Os pregadores adventistas sabem que um tema que atrai e garante boa assistência é aquele sobre os eventos finais. O que em realidade motiva essa audiência não é a curiosidade de saber se a crise financeira ou o aquecimento global influenciarão os eventos finais. A dúvida insistente é quanto à certeza da salvação.

Os eventos finais são apresentados muitas vezes como um processo seletivo, no qual em cada fase sobreviverão os mais fortes e consagrados. “O que vai acontecer quando meu nome for chamado? Estarei salvo ou perdido? Como vou fugir para as montanhas se próximo à minha cidade não há montanhas?”

Desavisadamente, alguns pregadores deixam a igreja com medo e em estado de suspense, em lugar de alimentar-lhe a confiança em Deus. “Cuidado! Não deixe pecado nenhum sem ser confessado, senão você pode ficar fora do Céu.” E o que fazem alguns no afã de manter a “ficha limpa”? Confessam uma, duas, várias vezes.

Reduzimos Deus a um exator, um juiz exigente, que no dia do juízo dirá: “Lamento, mas no dia 14 de junho de 2011, às 16h15, há o registro de um pecado que você cometeu e não confessou, então...” E se cometer um pecado e não tiver tempo de confessar, ao morrer, estarei salvo ou perdido?

Será que nosso relacionamento com Deus é tão frágil e instável como entrar e sair por uma porta giratória que dá acesso à salvação? Se peco, saio; se confesso, torno a entrar; se peco outra vez, volto a sair... Alguns, nesse caso, estariam sempre trancados à porta. Outros pensam em seu nome escrito e apagado todas as vezes que passam por esse processo.

Como reforço, vou usar a ilustração de Paulo em Romanos 7. Se igualamos o casamento à alternação entre erro e acerto, pecado e confissão, significando que cada vez que eu cometer um pecado me divorcio de Cristo, ao confessar, caso-me de novo. Como seria o relacionamento de um casal nessas circunstâncias? Como os dois iriam crescer?

Não precisamos continuar pendurados à dúvida. Deus nos aceita como somos e nos recebe. “Muitas vezes, teremos de prostrar-nos e chorar aos pés de Jesus, por causa de nossas faltas e erros; mas não nos devemos desanimar. Mesmo quando somos vencidos pelo inimigo, não somos repelidos, nem abandonados ou rejeitados por Deus. Não; Cristo está à destra de Deus, fazendo intercessão por nós” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 64).

Certeza da Salvação – 1


Vamos, então, sem medo, aproximar-nos confiante e ousadamente do trono da graça (o trono do favor imerecido de Deus em favor dos pecadores) para que possamos receber misericórdia (para nossas falhas) e achar graça para ajuda em tempo oportuno para cada necessidade (ajuda apropriada e oportuna) justamente quando a necessitamos. Hebreus 4:16, Versão Amplificada

Você pode achar que são apenas inquietações de adolescentes, mas muita gente grande também tem estas mesmas dúvidas: Será que vou conseguir ser fiel até o fim? Será que Deus vai me aceitar se eu não fizer todas as mudanças que devo fazer? É aquilo que a igreja ensina ou o que eu penso que a igreja ensina sobre salvação que me deixa intranquilo? Minha conversão foi genuína? Vou sobreviver no tempo de angústia?

Pense agora comigo: Será que Deus nos convida para nos aproximarmos do trono da graça, como diz o verso de hoje, sem nos oferecer nenhuma palavra de boas-vindas ao chegarmos lá? Será que ele nos abandonaria, deixando-nos sem saber se fomos aceitos ou não?

Muitos comparam a caminhada cristã em direção ao Céu à travessia de um equilibrista sobre um cabo de aço, cuidando para não cair nem para a direita nem para a esquerda. Que paz ou segurança pode existir no coração dessa pessoa, se sempre está preocupada em não cair?

Por que colocamos um tema como esse, tão bonito e essencial para uma vida espiritual feliz, dentro de uma moldura de incerteza, quando a Bíblia está cheia de promessas maravilhosas sobre a certeza da salvação?

“Sei em quem tenho crido” (2Tm 1:12). “Eu sei que o meu Redentor vive” (Jó 19:25). “Não há condenação para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1). “Se Deus é por nós quem será contra nós” (Rm 8:31). “Aproximemo-nos de Deus com um coração sincero e com plena convicção de fé” (Hb 10:22).

Se eu perguntasse: “Você está seguro de sua salvação?”, quantos não tropeçariam nas respostas: “Estou me preparando”; “Estou tentando”.

Fanny Crosby escreveu mais de oito mil cânticos e hinos, durante seus 95 anos de vida. Um de seus hinos mais apreciados fala da certeza da salvação: “Que segurança! Sou de Jesus! / Eu já desfruto bênçãos da luz! / Sei que herdeiro sou de meu Deus; / Ele me leva à glória dos Céus!” (Hinário Adventista, nº 240).

“Vocês não devem deixar que coisa alguma prive o coração da paz, do descanso, da certeza de que são aceitos agora mesmo” (Ellen G. White, Minha Consagração Hoje, [MM 1989], p. 176).

terça-feira, 31 de maio de 2011

Aprendendo de Jesus – 2


Venham a Mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e Eu lhes darei descanso. Mateus 11:28

Essa é uma passagem familiar da Bíblia e um dos mais belos convites que Jesus faz a todo ser humano. Na verdade, é um convite e uma promessa.

O texto menciona duas características que as pessoas que Ele convida devem ter: estão cansadas e sobrecarregadas. Jesus não diz que precisamos de mais tempo livre, travesseiro especial, equipamento de massagem, um cruzeiro pelo Caribe, férias em Angra dos Reis, sonoterapia, nem que precisamos ir mais à igreja. Estamos cansados, desesperados e frustrados por causa das tentativas de acertar. Procuramos esse descanso em gurus, líderes espiritualistas, jejuns, retiros, penitências, nas demandas “leia mais”, “ore mais”, “faça mais”.
Essas coisas não darão o descanso de que necessitamos. Esse descanso vem quando aceitamos a nós mesmos como Jesus nos aceita e admitimos, com sinceridade, que precisamos dEle.

Temos que calar as vozes que dizem que não estamos fazendo o suficiente; libertar-nos do pensamento de que devemos alcançar determinada medida espiritual no menor tempo possível.

Que temos que fazer? Simplesmente ir a Ele. Aproximarmo-nos como pecadores, desamparados, sem justiça, sem esperança; lançar aos pés dEle nossa culpa, nossa vergonha, problemas, medo, dúvidas, sonhos, ansiedades, sentimento de solidão. Tudo.

O descanso vem quando aprendemos, em companheirismo com Ele, a criar momentos de reflexão; a colocar nossa agenda de lado; desligar o celular; tirar o telefone do gancho; trancar a porta da sala – nem que seja por alguns minutos – e então orar. Sentirmo-nos seguros nEle. Pedir paz e restauração para o coração cansado.

Que peso ou pesos estamos carregando, que gostaríamos de depositar aos pés de Jesus para receber o descanso que Ele oferece?
Como seria bom ter em mente que o cristianismo não é uma religião de peso para se carregar, mas de uma amizade, um relacionamento a desenvolver.

“Encontra-se o descanso quando se abandona toda a justificação própria, todo raciocínio partido de um fundo egoísta. Inteira entrega, aceitação de Sua vontade, eis o segredo do perfeito descanso em Seu amor” (Ellen G. White, Mente, Caráter e Personalidade, v. 2, p. 803). É nosso privilégio aceitar o convite de Jesus, experimentar Sua graça, tomar Seu jugo e encontrar descanso.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Aprendendo de Jesus – 1

O Meu fardo é leve. Mateus 11:30

“Fardo leve” é uma entre outras expressões contrastantes que Jesus usou, como temos hoje “minoria esmagadora”, “sorvete diet”, etc. Nós mesmos nos autoimpusemos um ritmo de trabalho que é um fardo, não é leve e que estica a corda da vida à sua resistência máxima. São responsáveis por isso reuniões, viagens, cursos, congressos, mais plantões, mais consultas. Deixamos pouco espaço entre um e outro compromisso e saímos de um local para outro fazendo inveja a Schumacher no trânsito. Glorificamos a agenda cheia, o itinerário apertado no qual sempre procuramos encaixar mais algum compromisso. Mais do que para qualquer outra geração, podemos dizer que o fardo de responsabilidades está muito pesado, especialmente para pessoas orientadas à tarefa.

Susan Maycinik, especialista em recursos humanos, sugeriu para pessoas com essa tendência algumas perguntas para avaliação pessoal. Responda com “algumas vezes” ou “raramente” para cada item que segue:

1. Procuro corrigir a mim mesmo ou às outras pessoas em pequenos detalhes?
2. Sinto-me culpado se me ausento de uma reunião ou atividade apenas pelo fato de estar cansado?
3. Quando meu trabalho é julgado dentro da média geral, sinto como se tivesse fracassado?
4. Fico irritado quando uma pessoa recebe o reconhecimento que eu acho que deveria ter recebido?
5. Focalizo mais meus erros do que meus acertos?
6. Sinto dificuldade em dizer “não” para uma pessoa que me pede que eu faça alguma coisa?
7. Sinto-me culpado quando, na lista de coisas a fazer, deixo algumas sem ser feitas?
8. Se alguma parte da minha vida não está indo bem, tento descobrir o que estou fazendo de errado?

Se você respondeu com mais frequência “algumas vezes”, desenvolveu a ideia de que, para ser aceito e amado, tem que fazer mais e melhor.

Um dos primeiros passos para viver sob o “ritmo não forçado da graça” é perceber nossa tendência de ser orientados à tarefa, a fazer coisas. A lista dos itens acima contém apenas sintomas de que você ainda não abraçou totalmente a graça de Deus em sua vida. Não perca tempo pois não se sabe o dia nem a hora que Jesus irá voltar, tenha presa para se ter mais com Deus.

O Valor das Pequenas Coisas

Viu também uma viúva pobre colocar duas pequeninas moedas de cobre. Lucas 21:2

Uma pequena alegoria salienta a importância das pequenas coisas. No estúdio, o artista afastou a cortina e o sol iluminou um vitral inacabado. Na parte inferior do vitral, via-se um ambiente florido, crianças olhavam e sorriam. Acima das crianças, achava-se a figura incompleta de um homem. Ao colocar os pedacinhos de vidro na obra, o artista dizia consigo mesmo: “Tenho que fazer isto da melhor maneira possível. Preciso mostrar aos outros meu amor por Cristo. Se conseguir colocar em Sua expressão tudo aquilo que imagino, ficarei contente.”

Num montão de aparas de vidros e pequenos pedaços de metal, havia um pedacinho de vidro. Ele estava desanimado consigo mesmo: “Pensei que fosse fazer parte do vitral. E agora estou aqui, jogado no meio deste material. Parece que não tenho nenhum valor mesmo. Vou me esforçar o melhor que puder e se o sol vier para o meu cantinho, melhor ainda.”

De repente, houve agitação no estúdio. Parecia que o artista estava procurando alguma coisa. O pedacinho de vidro escutava ele falar: “Não posso terminar sem ele. Era um pedacinho pequeno, mas muito importante. Onde será que ele está? Ele é imprescindível para eu terminar o vitral.” O pedacinho de vidro pensou: “Será que sou eu?”

Com um grito de alegria, o pedacinho de vidro foi tirado do montão de restos de vidro e de metal. Ao ser colocado no vitral, tornou-se um dos olhos de Cristo.

Temos um lugar no bonito vitral de Deus. Onde quer que nos encontremos, por pequenos que sejamos, Ele nos usará para mostrar a beleza de Cristo.

Jesus não passou por alto a oferta da viúva, que “colocou duas pequeninas moedas de cobre, de muito pouco valor” (Mc 12:42). Embora a oferta fosse pequena, ela deu tudo o que possuía.

Na parábola dos talentos, o senhor diz: “Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!” (Mt 25:21).

Não espere até receber um convite para fazer um grande trabalho para Deus. Seja fiel e brilhe no cantinho em que você está.

“É a conscienciosa atenção ao que o mundo chama de ‘pequenas coisas’ que torna a vida um sucesso. Pequenas ações de caridade, pequenos atos de abnegação, proferir singelas palavras de ajuda, [...] isto é cristianismo” (Ellen G. White, Exaltai-O [MM 1992], p. 347).

sábado, 28 de maio de 2011

Sua Verdadeira Identidade



Alguns creram nEle e O receberam, e a estes Ele deu o direito de se tornarem filhos de Deus. João 1:12, NTLH

Quando alguém pergunta “Quem é você?”, provavelmente sua primeira resposta será “Meu nome é...”. Se você der também o sobrenome, posso chegar mais perto ainda de sua identidade. Se eu for visitar uma universidade e fizer a mesma pergunta, ouvirei muitas respostas: “Sou novato”, “faço Administração”, “toco na banda”, “canto no coral”, etc.

Há outro grupo que encontra sua identidade no trabalho e vai responder: sou médico, advogado, professor, empresário, tenho meu próprio negócio, etc. Outros, ainda, encontram sua identidade se referindo ao lugar de nascimento: sou nordestino, paulista, gaúcho, etc. Para alguns, você nem precisa perguntar “Quem é você?”, porque, quando vêm falar com você, têm um crachá com o nome e a função que exercem. Sua identidade fica resumida à identificação que têm naquele pedaço de plástico.

Depois de tudo isso que você leu, pergunto: O que torna você mais você? Você está contente com a pessoa que é? Que outras características pessoais você quer ter? Há alguma coisa sobre você que o faz diferente de todos os demais e o torna especial? Você está contente com a pessoa em que se tornou?

Hoje o mundo utiliza diferentes padrões para avaliar nossa identidade. Um deles está relacionado com posses. Você se sentiria uma pessoa mais importante se tivesse uma BMW ou um Uno Mille? Se em lugar de um Casio tivesse um Rolex? Depois de se preocupar com o que tem, sua reação pode ser igual à declaração de alguém que disse: “Levo minha vida comprando coisas que eu não preciso, com dinheiro que eu não tenho, para impressionar pessoas de quem eu não gosto.”

Quando nossa identidade está em Cristo, já não vamos nos preocupar pelo fato de sermos medidos de acordo com os padrões do mundo. Quanto mais eu ensaiar quem sou em Cristo, mais perto vou chegar da identidade que Deus deseja que eu tenha.

Quem somos nós? Sal da terra e luz do mundo (Mt 5:13, 14), e amigos de Cristo (Jo 15:15). Fomos redimidos e perdoados de todos os nossos pecados (Cl 1:14). Nada pode nos separar do amor de Deus (Rm 8:39). Podemos todas as coisas em Cristo, que nos fortalece (Fp 4:13).

O melhor que Jesus pode dizer sobre a nova identidade é que somos uma nova criação: “Se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas” (2Co 5:17).

Feliz Sábado!

Salmo 77 (ANGÚSTIA)


Na minha angústia
Clamei ao SENHOR
E Ele ouviu minha oração
Hoje eu exalto ao grande eu sou
Pois das cadeias me libertou

E para sempre vou falar
das maravilhas que Ele fez e que fará
Em meu viver
És onipotente Deus
Não há outro igual a Ti
Não há outro igual a Ti

Na minha angústia
Clamei ao SENHOR
E Ele ouviu minha oração.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Compromisso com a Excelência


Então, o mesmo Daniel se distinguiu [...], porque nele havia um espírito excelente. Daniel 6:3, ARA

Há pelo menos dois personagens da Bíblia nos quais não descobriremos nenhum traço de debilidade no caráter: Josué e Daniel. Se a exigência para ocupar um cargo político fosse a “ficha limpa”, poderíamos colocar atrás deles qualquer sistema de rastreamento ou agência de inteligência, e não iríamos encontrar nada que os desabonasse. Bem diferente de alguns políticos que têm uma série de pendências judiciais e, assim mesmo, insistem em se eleger ou reeleger.

Outros bons nomes que respeitamos no ranking bíblico cometeram seus deslizes: João era impetuoso; Moisés matou um egípcio; Salomão enriqueceu e se esqueceu de Deus; e Davi se deixou vencer pelos sentidos.

Daniel se mostrou fiel a Deus desde que foi levado como cativo para a Babilônia. Sobreviveu a vários monarcas, e se sobressaiu, “porque nele havia um espírito excelente”.

O oposto de “excelente” não é ruim, nem péssimo. É medíocre. A palavra medíocre significa, em seu sentido original, “na metade da montanha”. É a imagem daquele que está escalando e, na metade do percurso para chegar ao topo, desiste. É o que se acomoda com menos do que o ponto mais alto.

Daniel se destacou por suas grandes qualidades e como exemplo de fidelidade e resistência. Até a rainha-mãe no tempo de Belsazar deu seu testemunho a respeito dele dizendo: “Existe um homem em teu reino [...], iluminado e [tem] inteligência e sabedoria como a dos deuses” (Dn 5: 11).

Como primeiro-ministro, Daniel começava cada dia suas atividades procurando a sabedoria e a orientação de Deus. Tinha local e horários habituais de oração. Orar não era algo acidental na vida dele. A vida espiritual não deve ser impedimento para que você alcance a excelência na função que ocupa. Ao contrário, deve ser a força propulsora para se manter fiel a Deus.

Atualmente, há uma imensidão de livros sobre “excelência no serviço”, salientando a importância disso na liderança. Conforme muitos deles deixam claro, excelência não quer dizer que você tenha que ser melhor do que todo mundo, mas significa que você deve estar fazendo o seu melhor.

Servimos a um Deus comprometido com a excelência.Este é nosso compromisso. Independentemente do lugar em que trabalhemos e da função que exerçamos, Ele pede de nós o melhor. E a recompensa maior será ouvir isto: “Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei.”

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Pecado ou Engano


Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus. Romanos 3:23
 

Há uma figura de linguagem chamada eufemismo, que não é outra coisa senão usar uma palavra mais branda no lugar de outra, suavizar a informação ou, como disse alguém, “despistar as pessoas do fato sério”.

Assim, dizemos “faltar com a verdade”, em lugar de “mentir”; “foi convidado a sair da escola”, em lugar de “foi expulso”. Numa briga na sede de um dos clubes de São Paulo, o dirigente agrediu um torcedor com um “empurrão facial” (nas palavras dele), em lugar de “um tapa na cara”.

Quanto tempo faz que você não escuta a palavra pecado em tom de admoestação e censura? Parece que ela soa rude, grosseira, ou demonstra falta de polidez por parte do orador.

Nas comissões da igreja, em seus vários níveis, ao serem estudados erros dos membros da organização, por ética, preferimos o eufemismo. Dizemos “cometeu um equívoco”, “foi um deslize”, “uma falta”, “um engano”, “um descuido”, “uma fraqueza”.

O pecado é definido como transgressão, violação deliberada de um princípio moral. “Eu sei que era errado e fiz.”

Engano, por outro lado, é um erro de cálculo: “Ah, eu não vi.” Ou erro de opinião: “Você está certo. É verdade, eu cometi um engano.”
No equívoco, você diz: “Eu não sabia, sinto muito.” Para esses casos, meu esforço deve ser quebrar um hábito ou conseguir mais informação da próxima vez, a fim de evitar engano e desgaste.

Quando Davi pecou, não disse para Natã: “Desculpe, foi um deslize, eu reconheço. Foi uma falta grave. Se eu soubesse que ia dar no que deu, não teria feito.” Não, ele reconheceu seu pecado diante do profeta e depois diante de Deus. O pródigo também, quando voltou, não usou de eufemismos para falar da sua vida numa terra distante. Ele não disse: “Ô, pai! Desculpe. Eu me equivoquei. Cometi muitos enganos. Como é que não pensei antes e cometi tantos erros assim?” Suas palavras foram: “Pai, eu pequei. Estou de volta. Preciso de ti.” Ele reconheceu: “Sou pecador.”

Enganos e equívocos posso solucioná-los por mim mesmo. Posso maquiar meu erro, quebrar um hábito, ser mais cuidadoso para não me enganar. Mas, quando se trata do pecado, por mim mesmo não posso resolver o assunto.

“Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6:23).

Tenho que ir a Cristo e dizer: “Senhor, sou pecador, quero colocar minha confiança em Cristo e em tudo aquilo que Ele fez por mim.”

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Sintonizar com o Tempo de Deus


Para tudo há uma ocasião certa. Eclesiastes 3:1


No tecido do nosso relacionamento uns com os outros e na conversa do dia a dia é que deixamos ver a importância que damos ao tempo. Aqueles que são orientados à tarefa ou inquietos perguntam: “A que horas a reunião vai começar?” “A que horas vai terminar?” “Quanto tempo vai levar?” “Tempo encerrado! Vamos pessoal!”


Essas são expressões de pessoas com tempo limitado para fazer mais do que se propuseram e, por isso, quaisquer momentos vagos entre um compromisso e outro as deixam inquietas.


Certa vez, vi uma charge na qual aparecem três discípulos interrompendo Jesus enquanto Ele está orando. Um deles, com a agenda na mão, diz: “Senhor, desculpe interromper Sua ‘hora tranquila’, mas temos um compromisso no poço às 8h30, e no templo, às 9h15, antes do rali para Cafarnaum. Marcamos também uma entrevista com um cego, dez leprosos e um endemoninhado. Depois almoçaremos com Mateus.” Um outro interrompe dizendo: “Vamos chegar na hora se não houver muitos paralíticos no caminho ou cobradores de impostos em cima das árvores.”


Jesus esperava pelo tempo certo para cada fase de Seu ministério. Não corria para atender cada necessidade que via. Quando Seus irmãos O chamaram para uma festa, Ele disse: “Parem, ainda não chegou o tempo certo.”


Começamos cada dia com uma oração entregando a Deus nossa agenda e planos. Alguns se sentem frustrados pela limitação de tempo, porque já preveem que não vão fazer tudo que gostariam de fazer.


Mas não temos que fazer tudo hoje. Há ocasião para tudo: estudar, aprender, ensinar, trabalhar, tempo para os outros e tempo para nós mesmos. Henri Nouwen, professor e sacerdote holandês, disse certa vez: “Tenho me queixado a vida inteira de que meu trabalho era constantemente interrompido, até que eu descobri que a interrupção era o meu trabalho.”


Não precisamos nos sentir pressionados e desorientados. Diante de tantos assuntos que disputam nossas prioridades, temos que parar e pedir calma a Deus. Se há muitos itens, devo perguntar em oração: “Senhor, qual é o melhor tempo para isso? O que é que precisa ser feito hoje? Agora de manhã? Senhor, não estou bem certo do que devo fazer.”


Se sintonizarmos nosso tempo com o tempo de Deus, no fim do dia poderemos ver como “Ele fez tudo apropriado ao seu tempo” (Ec 3:11).

terça-feira, 24 de maio de 2011

O Poder do Espírito Santo



Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês. Atos 1:8

Imagine o seguinte: que o gerente do seu banco lhe telefona e diz que alguém depositou um milhão de reais na sua conta. Eles já checaram quem depositou e não é engano. São seus. Depois de quanto tempo você começaria a usar esse dinheiro? Alguns minutos depois do telefonema e o quanto antes possível? Pagaria todas as suas contas, faria investimentos, transferências, doações e assim por diante?

A ideia de estar cheio do poder do Espírito Santo não é nova. Falamos nEle como se fosse a solução para a vida espiritual. De fato, há uma fonte de poder pronta para nos assistir em toda emergência e nos ajudar em nosso crescimento cristão. Deus colocou um “depósito” em nossa “conta espiritual”. Nessa “conta” estão os frutos e também os dons do Espírito Santo. Ele colocou em nossa
“conta” alegria, paz, gentileza, paciência, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Você pode fazer quantos saques quiser dessa “conta”. Pode pedir paciência, quando as coisas não são feitas no tempo em que você esperava. Pode “sacar” mansidão e domínio próprio, quando precisar perdoar alguém.

O que os cristãos do primeiro século tinham e que nós também podemos ter? O que os mantinha avançando, apesar de todas as dificuldades? O que está faltando na vida de muitos cristãos hoje? Muitos se sentem decepcionados com sua experiência religiosa. Oram e nada acontece. A leitura da Bíblia se tornou uma obrigação religiosa árida e sem sabor. Sentem que lhes falta fervor e alegria; e a vida cristã se tornou tediosa e estéril. Somente quando Cristo habita no coração, o poder do Espírito Santo pode nos ajudar.

Foi esse o poder que fez com que os primeiros cristãos aceitassem enormes desafios, fizessem as mudanças necessárias e aproveitassem as oportunidades que surgiram.

O tesouro dos Estados Unidos tem em depósito 36 bilhões de dólares não reclamados. Pessoas que morreram ou desapareceram, dinheiro que ninguém reclamou ou do qual se esqueceram. O céu também tem um “depósito”, uma soma incalculável de poder que está à nossa disposição, pronto para ser utilizado.

O tesouro do Céu espera apenas nosso pedido.

“O Senhor está mais disposto a dar o Espírito Santo àqueles que O servem do que os pais a dar boas dádivas a seus filhos” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 50).

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Quando o Pior Acontece


 Deixo-lhes a paz; a Minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo. João 14:27

A música tem a capacidade de traduzir melhor que qualquer outra arte a imensa variedade de nossas emoções. Desde a alegria e vibração, até os sentimentos vividos nos momentos em que estamos “lá embaixo”. Há ocasiões em que a melodia de um hino ou cântico, como se fosse trazida pelas asas do vento, chegam até nós e nos atingem, justamente num momento de dor e fragilidade. Melodia e letra se unem e vêm ao nosso encontro como se fossem a versão perfeita da situação pela qual estamos passando.

Pode ter sido depois de sua segunda tentativa no vestibular. Quando os exames dão positivo para uma doença que você temia. Quando o divórcio, que você nunca quis, agora é definitivo.

Horacio Spafford era advogado de renome na cidade de Chicago. Era membro da Igreja Presbiteriana e também grande amigo e colaborador do evangelista Moody. Uma série de desastres devastou a cidade, culminando com o grande incêndio de Chicago, em 1871. Os investimentos que a família Spafford havia feito em propriedades foram varridos pela crise. Em novembro de 1873, quando Moody se dirigiu à Inglaterra para uma campanha de evangelismo, Spafford quis dar um presente à sua família, levando-a de férias para a Europa.

Porém, devido a negócios urgentes, teve que ficar, enviando primeiro a esposa e suas quatro filhas no navio Ville de Harve, com planos de logo se encontrarem. No meio do Atlântico, o navio foi atingido por outro navio inglês, e afundou em doze minutos. As quatro filhas de Spafford, Tanetta, Meggie, Annie e Bessie, estavam entre as 226 pessoas que naufragaram. A Sra. Spafford ficou entre os poucos que se salvaram.

Spafford viajou para se encontrar com a esposa em Cardiff, no País de Gales. Na viagem, ele pediu ao capitão do navio em que estava viajando que diminuísse um pouco a velocidade quando estivesse próximo ao lugar em que o navio Ville de Havre afundara.

Ali, no convés do navio, observando as ondas do mar e lembrando-se das filhas que haviam se afogado, recebeu conforto e inspiração de Deus, e pôde escrever: “Se paz, a mais doce, me deres gozar, / Se dor a mais forte sofrer; / Oh, seja o que for, Tu me fazes saber / Que feliz com Jesus hei de estar” (Hinário Adventista, nº 230).

É somente a graça de Deus que, em circunstâncias assim, pode nos levar a dizer: “Sou feliz com Jesus.”